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A Nefrose é uma nefropatia caracterizada por alterações primitivas dos túbulos renais. Distingue-se de todos os outros tipos de nefropatia em que os glomérulos são primariamente atingidos.
Por outro lado, nefrose não se deve confundir com o complexo sintomatológico denominado de síndroma nefrótico, e que pode ser o resultado final de muitas nefropatias.
Dois tipos de nefrose mais comuns são:
- Nefrose tóxica: verifica-se pela acção de agentes químicos ou estados febris;
- Nefrose osmótica ou vascular: provocada por alterações do meio hidrossalino renal, causadas por doenças do balanço hídrico, por ministrações terapêuticas de soluções hipertónicas ou por afecções gastrintestinais que pelo vómito ou pela diarreia provocam alterações do equilíbrio hidroelectrolítico.
Outros casos de nefrose podem resultar de estados de choque, de diabetes, de perturbações hepatobiliares, de mieloma, de gota. É útil dizer, porém, que, dada a capacidade de regeneração dos epitélios tubulares, é muitas vezes possível a recuperação integral da função renal, particularmente nos casos em que a nefrose se instalou na sequência de um estado tóxico passageiro.
Mais frequentemente, o sintoma dominante é a albuminúria, acompanhada de alterações do sedimento urinário. Nos casos mais graves existem também alterações da função renal.
A terapêutica varia consoante os casos e não é de determinação fácil, exigindo bastante atenção e experiência.