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A Psicose Maníaco-Depressiva é uma psicose endógena, física, periódica, bipolar. Trata-se de uma doença mental que aparece sem que exista qualquer razão ambiencial determinada, com evolução fásica, ora expansiva, ora depressiva, e que se repete periodicamente durante o curso da vida.
As fases contra-polares (expansiva e depressiva) podem alternar e repetir ininterruptamente. Com mais frequência observam-se episódios expansivos e depressivos, intervalados por períodos mais ou menos longos de bem-estar psíquico.
Frequentemente, aparecem fases depressivas sem qualquer episódio contra-polar (expansivo ou maníaco); o aparecimento somente de episódios expansivos é raro.
Esta doença é hereditária e familiar. Começa quase sempre na idade adulta. Os episódios resolvem-se em regra, em 4 a 6 meses, caso sejam depressivos, e em 2 a 4 meses, caso sejam expansivos.
A fase depressiva caracteriza-se por uma substancial incapacidade pragmática e projectiva, por abulia, por abaixamento da tonalidade do humor com intensos fenómenos ansiosos com característica remissão vespertina, por insónia atípica, por alterações somáticas (obstipação, por exemplo) e por uma série de outros sintomas, como sentimentos de desrealização afectiva, delírio de culpa e de auto-acusação e tendências auto-lesivas.
Esta grande variedade de sintomas permite distinguir algumas formas típicas e atípicas: a todas é, porém, comum o compromisso pragmático e projectivo.
A fase expansiva é caracterizada por excitação psicomotora com típica exaltação eufórica, por vivacidade ideativa e expressiva que bem depressa atinge os graus de ideorreia e logorreia.
Com frequência, associam-se sentimentos de capacidade e potência que, às vezes, parecem deliróides.