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A Esclerose Múltipla é uma doença anatomicamente caracterizada pela presença de focos de desmielinização e esclerose, irregularmente distribuídos por todo o Sistema Nervoso Central.
Clinicamente caracteriza-se por uma série de sintomas, diferentes de caso para caso, mas sempre reconduzíveis ao sofrimento do sistema piramidal e do vestíbulo-cerebeloso.
A doença atinge, sobretudo, os indivíduos entre os 20 e os 40 anos, com preferência para o sexo masculino. A sua sede de eleição é o corpo caloso, as paredes dos ventrículos cerebrais, o mesencéfalo, a protuberância, o bulbo e os segmentos cervicais e dorsais da medula.
O quadro clínico da esclerose é, na maior parte dos casos, caracterizado pela associação de sintomas da série piramidal (espasticidade, acentuação de reflexos, Babinsky) e dos vestíbulo-cerebelosos (nistagno, ataxia, trémulo cinético, disartria). Os distúrbios motores estão no primeiro plano e interessam quer aos membros, quer aos nervos cranianos.
Os doentes acusam prostração, fatiga excessiva, especialmente nos membros inferiores, dificuldade em executar movimentos delicados e precisos com as mãos. Aparecem, de seguida, leves fenómenos parésicos nos membros inferiores, o tono muscular frequentemente eleva-se, os reflexos tendino-periósseos exaltam-se, enquanto os abdominais diminuem ou desaparecem e surge trémulo intencional. A marcha assume aspectos típicos: às vezes tem carácter exclusivamente espástico, outras vezes exclusivamente cerebeloso.
Com uma certa frequência, observam-se paralisia dos nervos oculomotores, com consequente diplasia; perturbações sensitivas (por exemplo, formigueiro muscular) de carácter flutuante, com oscilações da intensidade e da distribuição topográfica. Normais também são as vertigens e as perturbações psíquicas (euforia, crises de riso ou de choro, por exemplo).