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Fígado gordo e obesidade

O fígado gordo, ou esteatose hepática, é uma condição em que há um acúmulo excessivo de gordura nas células do fígado. É uma doença cada vez mais comum e a obesidade é um dos seus principais fatores de risco, formando uma relação perigosa que pode levar a problemas de saúde mais graves.

A Relação entre Fígado Gordo e Obesidade

A obesidade, especialmente a obesidade abdominal (com acúmulo de gordura na região da barriga), está fortemente ligada ao desenvolvimento do fígado gordo. Veja como isso acontece:

  1. Resistência à Insulina: A obesidade frequentemente leva à resistência à insulina, uma condição em que as células do corpo não respondem bem à insulina. Isso faz com que o pâncreas produza mais insulina.
  2. Acúmulo de Gordura: A resistência à insulina e os níveis elevados de insulina no sangue promovem o acúmulo de gordura no fígado. O fígado passa a produzir e armazenar mais gordura do que consegue processar ou exportar.
  3. Inflamação e Dano Hepático: O excesso de gordura no fígado pode levar à inflamação (chamada esteato-hepatite não alcoólica - EHNA ou NASH em inglês). Se a inflamação for persistente, pode causar danos às células do fígado, levando à cicatrização (fibrose), que, se não tratada, pode evoluir para cirrose e até cancro do fígado.

Tipos de Fígado Gordo Associados à Obesidade

Quando o fígado gordo não é causado pelo consumo excessivo de álcool, é chamado de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA ou NAFLD em inglês). Dentro da DHGNA, existem dois estágios principais:

  • Esteatose Simples: Apenas o acúmulo de gordura no fígado, sem inflamação ou dano significativo. Embora seja uma condição benigna, pode evoluir para estágios mais graves se não for controlada.
  • Esteato-hepatite Não Alcoólica (EHNA/NASH): Além da gordura, há inflamação e danos às células do fígado. Este estágio é mais preocupante, pois pode progredir para fibrose, cirrose e, em casos raros, insuficiência hepática ou cancro do fígado. A EHNA é hoje uma das principais causas de transplante hepático.

Sintomas

Muitas vezes, o fígado gordo é assintomático nas fases iniciais. Quando os sintomas aparecem, podem ser inespecíficos e incluir:

  • Fadiga e cansaço.
  • Dor ou desconforto no lado superior direito do abdómen.
  • Sensação de inchaço.
  • Náuseas.
  • Perda de apetite.

Em estágios mais avançados (com cirrose), podem surgir sintomas como icterícia (pele e olhos amarelados), inchaço nas pernas, ascite (acúmulo de líquido no abdómen) e confusão mental.

Diagnóstico

O diagnóstico geralmente envolve:

  • Exames de sangue: Para verificar enzimas hepáticas elevadas (AST e ALT), que podem indicar inflamação. Outros exames para excluir outras causas de doença hepática.
  • Exames de imagem: Ultrassonografia abdominal, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM) podem mostrar a presença de gordura no fígado.
  • Elastografia hepática (FibroScan): Um exame não invasivo que mede a rigidez do fígado, indicando o grau de fibrose.
  • Biópsia hepática: Em alguns casos, pode ser necessária para confirmar o diagnóstico de EHNA e avaliar o grau de inflamação e fibrose.

Tratamento e Prevenção

Não há um medicamento específico para o fígado gordo, mas o tratamento foca-se na mudança do estilo de vida, que também é a principal forma de prevenção:

  1. Perda de Peso: Esta é a medida mais eficaz. Uma perda de peso de 5% a 10% já pode reduzir a gordura e a inflamação no fígado.
  2. Dieta Saudável:
    • Reduzir açúcares e carboidratos refinados: Especialmente frutose (presente em refrigerantes, sumos processados e muitos alimentos industrializados).
    • Limitar gorduras saturadas e trans: Encontradas em alimentos processados, fast food, carnes gordas.
    • Aumentar o consumo de frutas, vegetais e grãos integrais.
    • Incluir gorduras saudáveis: Abacate, azeite de oliva, nozes, sementes e peixes ricos em ômega-3.
  3. Exercício Físico Regular: Ajuda a queimar gordura, melhorar a sensibilidade à insulina e contribuir para a perda de peso. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana.
  4. Controle de Condições Associadas: Gerir diabetes, colesterol alto e hipertensão arterial é crucial, pois estas condições frequentemente coexistem e agravam o fígado gordo.
  5. Evitar Álcool: Mesmo em casos de DHGNA, o álcool pode piorar o quadro e o dano hepático.

A mensagem principal é que a obesidade é um fator de risco modificável para o fígado gordo. Adotar um estilo de vida saudável, com dieta equilibrada e exercício físico, é a melhor forma de prevenir e reverter esta condição, protegendo a saúde do seu fígado. Se suspeita que pode ter fígado gordo, procure um médico para um diagnóstico e orientação adequados.


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