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Sexta-feira, 31 de Outubro de 2025
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Amigdalite viral e bacteriana

A amigdalite é a inflamação das amígdalas, que são duas massas de tecido linfático localizadas na parte de trás da garganta. A inflamação é geralmente causada por uma infeção, que pode ser de origem viral ou bacteriana. A distinção entre as duas é crucial para o tratamento adequado.


Amigdalite Viral

É a forma mais comum de amigdalite, responsável pela maioria dos casos, especialmente em crianças.

  • Causa: É provocada por vírus, sendo os mais frequentes o rinovírus, adenovírus, influenza (vírus da gripe), parainfluenza, vírus Epstein-Barr (mononucleose) e enterovírus.
  • Sintomas Comuns:
    • Dor de garganta: Geralmente menos intensa do que na bacteriana.
    • Febre baixa: Geralmente abaixo de 38ºC.
    • Amígdalas vermelhas e inchadas.
    • Sintomas semelhantes a uma constipação/gripe: Tosse, espirros, nariz entupido ou a escorrer (coriza), rouquidão.
    • Mal-estar geral, dores musculares.
    • Pode haver conjuntivite ou diarreia (especialmente em crianças).
    • Placas de pus/pontos brancos: São menos comuns ou ausentes; se presentes, costumam ser em menor quantidade e mais difusas.
  • Contágio: Transmite-se por contacto direto com secreções respiratórias (tosse, espirros, partilha de objetos).
  • Duração: Geralmente, a amigdalite viral é autolimitada e dura de 5 a 7 dias.
  • Tratamento:
    • Sintomático: Não há tratamento específico para o vírus. O foco é aliviar os sintomas.
    • Repouso.
    • Hidratação: Ingerir muitos líquidos (água, chás mornos, sumos naturais).
    • Analgésicos e antipiréticos: Paracetamol ou ibuprofeno para controlar a dor e a febre.
    • Gargarejos: Com água morna e sal para aliviar o desconforto.
    • Alimentos macios: Preferir alimentos líquidos ou pastosos para facilitar a deglutição.
    • Evitar antibióticos: Antibióticos são ineficazes contra vírus e seu uso inadequado pode levar à resistência bacteriana.

Amigdalite Bacteriana

É menos comum que a viral, mas pode ser mais grave. O principal agente causador é a bactéria Streptococcus pyogenes (Streptococcus do grupo A), mas outras bactérias também podem estar envolvidas.

  • Causa: Bactérias, sendo a mais comum o Streptococcus pyogenes.
  • Sintomas Comuns:
    • Dor de garganta intensa: Que geralmente piora ao engolir (odinofagia).
    • Febre alta: Frequentemente acima de 38,5ºC, com início súbito.
    • Placas brancas ou amareladas (pus) nas amígdalas: É um sinal muito característico.
    • Amígdalas muito vermelhas e inchadas.
    • Gânglios linfáticos do pescoço inchados e dolorosos ao toque.
    • Mau hálito.
    • Ausência de tosse ou corrimento nasal.
    • Dor de cabeça, dores abdominais (especialmente em crianças), náuseas e vómitos.
    • Em alguns casos, pode haver uma camada amarelada na língua.
  • Contágio: Também por gotículas respiratórias e contacto próximo.
  • Duração: Pode durar mais tempo e ser mais severa se não for tratada.
  • Tratamento:
    • Antibióticos: Essenciais para erradicar a bactéria e prevenir complicações. A penicilina (ou amoxicilina) é o antibiótico de primeira linha. O tratamento dura geralmente 10 dias, e é crucial completá-lo, mesmo que os sintomas melhorem, para evitar complicações.
    • Alívio dos sintomas: Tal como na viral, o uso de analgésicos/antipiréticos, hidratação, repouso e gargarejos.
    • Com complicações: Se não tratada corretamente, a amigdalite bacteriana pode levar a complicações graves como:
      • Febre reumática: Uma doença inflamatória que pode afetar o coração, as articulações e o cérebro.
      • Glomerulonefrite pós-estreptocócica: Inflamação dos rins.
      • Abscesso periamigdaliano: Acúmulo de pus atrás da amígdala.

Como Saber a Diferença e Quando Procurar um Médico?

A diferenciação entre amigdalite viral e bacteriana pode ser difícil apenas pelos sintomas, pois eles se sobrepõem. No entanto, alguns sinais sugerem mais fortemente a origem bacteriana (febre alta e súbita, pus nas amígdalas, ausência de tosse/coriza).

É fundamental procurar um médico (clínico geral, pediatra ou otorrinolaringologista) se:

  • A dor de garganta for intensa e persistir por mais de 48 horas.
  • Houver febre alta e persistente.
  • Tiver dificuldade em engolir ou respirar.
  • Notar inchaço doloroso no pescoço.
  • Houver presença de pus ou placas brancas nas amígdalas.
  • Os sintomas não melhorarem ou agravarem com o tempo.

O médico poderá realizar um exame físico e, se necessário, um teste rápido de deteção de Streptococcus (Streptotest) ou uma cultura de garganta para confirmar a presença da bactéria e determinar o tratamento mais adequado. Nunca se deve tomar antibióticos sem prescrição médica.


Fonte:

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